sexta-feira, 8 de junho de 2012

vinteedois

O paradoxo do nosso tempo, é que temos edifícios mais altos e temperamentos mais reduzidos, estradas mais largas e pontos de vista mais estreitos. Gostamos mais, mas temos menos, compramos mais, mas desfrutamos menos.
Temos casas maiores e famílias menores, mais conforto e menos tempo.
Temos mais  graduações acadêmicas e menos sentimentos comuns, maior conhecimento, mas menor capacidade de julgamento.
Mais peritos, mas mais problemas, melhor medicina, mas menor bem-estar.
Bebemos demasiado, fumamos demasiado, despediçamos demasiado. Rimos muito pouco. 
Movemo-nos muito rápido, nos irritamos demasiado.
Mantemo-nos muito tempo acordados e acordamos cansados, lemos muito pouco, vemos televisão demais e oramos raramente.
Multiplicamos o nosso patrimônio, mas reduzimos os nossos valores.
Falamos demais, amamos menos e odiamos muito frequentemente.
Aprendemos a ganhar a vida, mas não a vivê-la.
Adicionamos anos às nossas vidas, mas não vidas aos nossos anos.
Conseguimos ir a lua e voltar, mas temos dificuldade em atravessar a rua e conhecer nosso vizinho.
Conquistamos todo o espaço exterior, mas não o interior.
Limpamos o ar, mas contaminamos a alma. Escrevemos mais, mas aprendemos menos, planejamos mais e desfrutamos menos.
Aprendemos a apressar-mos, mas não a esperar.
Produzimos computadores que podem produzir mais informação e difundi-la, mas nos comunicamos cada vez menos.
Estamos no tempo das comidas rápidas e digestões lentas, de homens de grande estrutura e de pequeno caráter, de enorme ganhor econômicos e relações econômica superficiais.
Hoje em dia, há dois ordenados, mas mais divórcios, casas mais luxuosas e lares mais desfeitos.
São tempos de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moral descartável, encontros de uma noite, corpos obesos e pilulas que fazem tudo, desde alegras, acalmar, até matar.
São tempos que há muito na montra e muito pouco no armazém.
Tempos em que a tecnologia pode fazer-te chegar até aqui.

Lembra-te de passar algum tempo com teus entes queridos porque eles não estarão aqui pra sempre.
Lembra-te de ser amável com quem agora te admira, porque essa pessoa crescerá muito rapidamente e se afastará de tí.
Lembra-te de abraçar quem está perto de tí, porque esse é o único tesouro que podes dar com o coração, sem gastar um centavo.
Lembra-te de dizer "te amo" ao teu companheiro e aos teus seres queridos, mas, sobretudo, lembra-te de dizê-lo com sinceridade.
Dedica tempo para amar e tempo para conversar. Compartilha tuas ideias mais apreciadas. E nunca esqueças: A vida não se mede pelo número de vezes que respiramos e sim pelos extraordinários momentos que nos fazem perder o ar.

2 comentários:

João Feliciano disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
João Feliciano disse...
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