"Você nunca vai ser feliz! Você é igual ao seu pai e olha a vida que ele tem...perdeu tudo e você vai perder também! Escreve o que eu tô te falando: você vai me ver lá em cima e você vai estar aqui embaixo, pior ainda, nesse limbo que você vive..."
Foi assim que terminou a nossa última conversa e isso foi tudo o que eu disse a ele sem saber a força que as palavras têm, principalmente quando são ditas de dentro pra fora. Todas essas frases saíram do fundo do meu peito. Não exatamente porque eu sabia do que estava por vir, mas eu precisava de alguma forma consolar o meu espírito.
Sabe, existe uma lei vida que se chama "causa e efeito". Toda e qualquer causa é acompanhada de um efeito. Não existe efeito sem causa, nem causa sem efeito. Uma atitude ruim implicará em um efeito ruim e um bom ato implicará em um efeito positivo. Essa regra é universal. O que não nos permite visualizar exatamente esse ciclo é uma lacuna chamada "tempo". O tempo é o que separa de maneira desproporcional o efeito da causa, o que não permite que logo após, um segundo após o ato ruim, algo de negativo nos aconteça. Por isso, por diversas vezes somos induzidos a nos enganar achando que atitudes positivas nossas implicam em efeito negativos. No entanto, o efeito negativo é decorrente de uma outra causa que aconteceu lá trás, mas que nós já nem lembramos, e assim por diante.
O tempo passou, a vida seguiu do jeito que quisemos. Eu, você sabe, estou tão no alto que às vezes tenho medo de olhar pra baixo e me desequilibrar. Então sigo, levando, às vezes mais alegre do que triste, às vezes mesmo torto ainda existe um sorriso pra ajudar a passar por mais um dia. Às vezes sigo catando cada pedaço pra juntar em um refrão, vou desviando pra não falar de solidão...
E você? (Volte para o primeiro parágrafo e coloque tudo no verbo presente).
Causa. Efeito.
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
segunda-feira, 30 de maio de 2016
Todas as vezes que te vejo não te enxergo mais como antes. Nada teu me interessa. Teus planos mudaram, teu olhar e até o seu jeito de usar as mãos enquanto fala. Mesmo assim há uma dependência estranha que não me deixa nos soltar. Há uma esperança que nunca morre e ao mesmo tempo me assusta. É inaceitável pensar em você na minha vida outra vez, mas às vezes parece que eu vivo pra esse dia. Tantas coisas mudaram, minha vida evoluiu tão mais que a sua (que estagnou) que parece loucura eu permitir que você se aproxime de mim, outra vez.
Meu peito gritaria de dor ao ver você realizando nosso sonho com outra pessoa, mas ao mesmo tempo ele ignora tranquilamente a presença de qualquer sombra entre nós porque tem a louca e ilógica certeza de está tudo bem. Em algum lugar, outra vez, eu sei que está tudo bem, que tem alguém lá em cima que enxerga mais além, que movimenta as peças e que tudo isso também faz parte daquela nossa história. Nunca vou te perdoar por sair e me deixar amarrada ao pé daquela mesma mesa, daquele bar, onde você sentou comigo pela primeira vez...
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