domingo, 14 de junho de 2009

Enquanto eu andar distraída!


Mais um ano da minha vida se passa. Quase nem percebo.

O que me lembro é de algumas máscaras, do ar que faltava, da anciedade, do tempo, da dor. A dor que insistia em aparecer toda vez que meus joelhos tentavam suportar o peso da minha própria culpa.

Mais um ano da minha vida se passa. E eu nem se quer comecei.

O que eu sei é que tem um "deus" que a todo momento é generoso comigo. Não perde a paciência em um só minuto. Nem nas horas em que vejo que nada faz sentido, que estou andando em círculos. Que insisto em cometer os mesmos erros, ir pro mesmo lugar errado sabendo exatamente qual é o caminho mais certo, mais rápido e mais curto, também!

Mas a vida é assim mesmo. Faz graça em nos ver em confusão. Rí de não sabermos, de repente, mais o que queremos ser, fazer, estar e muito menos o motivo, a razão.

Quando "nada faz sentido" me assusta.

Me assusta ainda mais sentir uma noite curta pra uma vida longa. Quero mudar essa ordem o tempo todo.

Ás vezes sinto que os dias estão simplesmente sendo levados como se não houvesse o amanhã. Não é de praxis deixar isso acontecer. A racionalidade sempre foi meu forte e agora nem sei mais por onde anda.

O acaso tem sido meu protetor. Toda vez que eu insisto em andar distraída. Tem se encarregado tem cuidar de todas as minhas tarefas. No fundo ele me conhece e sabe o quanto eu tenho estado ocupada com nada. De certo sabe o quanto o "nada" nos acaba, nos cansa, nos sufoca e não nos permite fazê-lo!

Não sei ao certo quanto tempo isso pode durar. Mas há pouco ganhei uma dica preciosa de uma amiga: "Enquanto isso pretendo escrever. Até calejar os dedos. É meu único jeito de rezar." [Martha Carvalho, 2009]

E isso tem sido meu refúgio, meu único meio de chegar até minha origem. Chorar um pouco no colo de quem acredita em mim. Ás vezes é bom lembrar o motivo, porque como "humana", esqueço, erro, desvio, desacretido. Do mesmo jeito que eu vim por um motivo, eles também vieram. Pelo inverso do meu. Não pelo "sim", mas pelo "ainda não".

Não nascí pra isso, ou melhor: Só nascí pra isso. Caso contrário, tem gente na fila, querendo o meu lugar. Mas eu fui a escolhida.

Vou correr! Lá se foi mais um ano!