quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Ah, as Palavras!

Se tem uma coisa que é mais poderosa do que qualquer arma de última tecnologia, do que qualquer tipo de força física que exista, essa, é a palavra.
Nunca estive tão convencida disso.
Ouso dizer, inclusive, que a coisa mais valiosa que aprendí nesses últimos tempos, foi o poder que as palavras têm. Com uma única palavra, eu posso levantar seu ego de uma maneira que te faça se sentir superior diante todas as pessoas. Mas, com uma única palavra, eu também posso te colocar no chão, pra sempre. Até, ressalto que com a mesma palavra, pronunciada em momentos e tons, distintos, posso erradiar ambos efeitos!
Não tem nada que acaricie mais meu ego do que ouvir, que sou possuidora do dom de bem palavrar, e mais, que, essas palavras façam-se lei na cabeça de quem as ouve!
Acho que o bom "palavreador" não é aquele que faz-os entender o sentido de suas palavras e sim aquele capaz de hipinotizar quando em ação.
Uma outra conclusão clara que cheguei sobre isso, é que (psicólogos e idealistas que me perdoem) somos aquilo que dizemos, que falamos, que palavramos, então!
Um educador fala claro e certo para ensinar, um psicólogo fala simples e profundo para entender, um marginal social fala, ou melhor "manda" para "botar moral" e já nem mais sabe o que estava a dizer, o ignorante não rebate acusações por não ter argumentos, não gostar de palavras, não saber usá-las, um operador do direito fala bonito e difícil para enrolar, digo, convencer! Um "palavreador", apenas, fala...não; palavreia, para encantar!
(Segundo essa teoria, começo, então com uma estranha sensação nostalgica, a recordar-me de grandes pessoas que passaram por minha vida...deixe estar!)
Sou amante das palavras. Eu gosto de dizer, gosto de usá-las, não vivo sem elas e nem sei nada sobre a filosofia de calar-se! É, prefiro ser escrava de minha palavra, a ser dona de meu silêncio! Fato, despedir-me como Ricardo Reis (Fernando Pessoa) faria: Gosto de dizer. Direi melhor: Gosto de palavrar!